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Rua Bazilio da Silva, 209 - Apto 131-B - CEP: 05545-010 - São Paulo -SP
CNPJ: 32.412.810/0001-41
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Sabe aquela história de que o Brasil é o país do futuro? Pois é, parece que o futuro chegou, mas ele fala mandarim. Se você piscar, perdeu. Enquanto a gente discute política no churrasco de domingo, tem um gigante do outro lado do mundo comendo pelas beiradas — e agora, também pelo miolo — da nossa maior riqueza natural: o petróleo.
Não é papo de teoria da conspiração, não. Os números estão na mesa, frios e calculistas como um jogador de xadrez experiente. A China, aquele dragão insaciável por energia, já abocanhou 6% de toda a extração de petróleo no Brasil. “Ah, mas 6% é pouco”, você pode pensar, dando de ombros. Será mesmo? Quando a gente fala de bilhões de dólares e da soberania do Pré-Sal, o buraco é literalmente mais embaixo.
Vamos mergulhar nessa história (com trocadilho e tudo) e entender como, no silêncio das profundezas oceânicas, o mapa do petróleo brasileiro está sendo redesenhado.

Para entender o que está rolando aqui no nosso quintal, a gente precisa olhar para a Ásia. A China é uma máquina. Uma locomotiva que não pode parar. Eles produzem petróleo? Sim, e muito! São cerca de 4,2 milhões de barris por dia tirados do solo chinês. É mais do que a gente produz aqui, que gira em torno de 3,8 milhões.
Mas aí vem o “pulo do gato”: o consumo deles é simplesmente absurdo. É uma boca que nunca fecha. A China queima cerca de 16 milhões de barris por dia para manter suas fábricas rodando, seus carros andando e suas luzes acesas. É quase tanto quanto os Estados Unidos. A conta não fecha, percebe? Eles produzem 4, precisam de 16. Onde eles arrumam os outros 12?
Comprando. De todo mundo. E o Brasil, com esse nosso Pré-Sal abençoado por Deus e bonito por natureza, virou a menina dos olhos de Pequim.
No ano passado, o Brasil exportou 1,7 milhão de barris por dia. Sabe para onde foi quase metade disso? Exato. 750.000 barris embarcaram direto para a China. Isso dá 44% do total. Mas aqui está a virada de chave, o “plot twist” que pouca gente notou: eles cansaram de ser apenas clientes. Agora, eles querem ser donos da padaria, ou pelo menos, sócios majoritários do forno.
O Pré-Sal ainda é nosso? A China já é dona de 6% do petróleo brasileiro.

Até outro dia — e quando digo outro dia, falo de 2021 —, as empresas chinesas respondiam por apenas 2% da produção brasileira. Era aquele pedacinho tímido da pizza que ninguém ligava muito. Mas, de lá para cá, esse pedaço triplicou.
Em agosto, segundo os dados mais recentes que temos em mãos, as estatais chinesas tiraram 222.000 barris de petróleo por dia das nossas águas. Isso representa 6% da produção total nacional. O crescimento foi rápido, eficiente e, convenhamos, assustadoramente estratégico.
Hoje, a China já é o terceiro país com maior presença na produção brasileira. Só perdem para o Reino Unido (porque a Shell está aqui há décadas e tem 11% do bolo) e, claro, para o próprio Brasil (via Petrobras). Mas a velocidade com que os chineses estão subindo nesse pódio faz a Shell olhar pelo retrovisor com uma certa ansiedade.
Não pense que é o governo chinês ligando para Brasília e pedindo petróleo. O jogo é corporativo, pesado e envolve três siglas que você vai ouvir muito daqui para frente: Sinopec, CNOOC e CNPC.
Essas três estatais são os braços, as pernas e os olhos da China no nosso litoral. Elas operam como empresas, mas têm a missão de Estado de garantir que o país delas nunca pare por falta de combustível. É o capitalismo de estado na sua forma mais pura e potente.
Conversei mentalmente com especialistas e analisei o que o mercado diz, e a melhor analogia para explicar o que os chineses estão fazendo veio de uma conversa citada no mercado financeiro, comparando a estratégia deles à de um Banco Central.
Pensa comigo: um Banco Central tem que controlar a inflação, mas não pode deixar o desemprego explodir. É um equilíbrio delicado, andar na corda bamba sem rede de proteção. As petroleiras chinesas têm uma missão parecida, o tal “mandato duplo”:
Para cumprir essa missão, eles não saem furando qualquer buraco no chão. Eles são cirúrgicos. Eles querem o filé mignon. Eles prezam pela qualidade, não apenas pela quantidade.
O Pré-Sal tem 31 campos de extração. É coisa à beça. Mas, como em tudo na vida, existe a regra de Pareto: poucos fazem muito. Os três maiores campos concentram sozinhos 70% da produção. São os titãs das profundezas: Búzios, Tupi e Mero, todos na Bacia de Santos.
Adivinha onde as chinesas estacionaram seus navios? Exatamente.
Eles não estão brincando de aposta. Eles foram direto nos bilhetes premiados. Sabem que esses campos vão jorrar petróleo por décadas, garantindo que as fábricas em Xangai e Pequim continuem a todo vapor, não importa o que aconteça no resto do mundo.
Pausa para um gole de café (e de tecnologia)
Falando em complexidade e operações gigantescas, gerenciar dados de extração de petróleo ou simplesmente manter a rede da sua empresa segura exige uma infraestrutura de TI que não te deixe na mão.
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Aqui a coisa fica interessante e um pouco humilhante para o nosso setor privado local. A gente costuma ouvir falar da Prio (antiga PetroRio), da Brava Energia, da Petro Recôncavo. São as nossas “campeãs” independentes, empresas brasileiras que não são a Petrobras.
Mas quando colocamos os números delas ao lado das estatais chinesas, parece briga de peso-pesado contra peso-pluma.
Veja só:
A CNPC (outra chinesa) tira 72.000 barris/dia, empatando tecnicamente com a Brava Energia. E a Sinopec, a menorzinha delas por aqui, produz quatro vezes mais que a Petro Recôncavo.
Ou seja, as “convidadas” já estão comendo mais bolo que os donos da casa (tirando a Petrobras, claro, que é a mãe de todos nós). Isso mostra o poder de fogo financeiro que a China trouxe para o Atlântico Sul.
Tem um ditado que diz: “Mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais perto ainda”. No caso da China, a frase seria: “Mantenha quem sabe fazer perto, aprenda tudo, e depois faça você mesmo”.
Hoje, nos campos de Búzios, Tupi e Mero, quem opera de verdade — quem põe a mão na graxa, desenha o projeto e aperta os botões — é a Petrobras. As chinesas entram como “sócias não operadoras”. Elas entram com a grana (o investimento pesado), pegam a parte delas no lucro e no óleo, mas deixam a engenharia para os brasileiros.
Por que? Preguiça? Nem pensar. Humildade estratégica.
A China produz 70% do seu petróleo em terra firme. O mar não é a praia deles (trocadilho intencional). Já a Petrobras? Ah, meu amigo… A Petrobras é a NASA dos mares. Ninguém no mundo sabe tirar petróleo de águas ultraprofundas como a gente. O Pré-Sal é um ambiente hostil, difícil, tecnicamente absurdo.
As empresas chinesas estão aqui como aquele estagiário superinteligente que anota tudo. A CNOOC, por exemplo, já é especialista em águas profundas, mas prefere observar a Petrobras lidar com as peculiaridades do Pré-Sal.
Lembra dos carros chineses nos anos 90 e 2000? Eram piada. Plástico ruim, design copiado, mecânica duvidosa. Para entrar no mercado, as montadoras estrangeiras (VW, GM, Toyota) foram obrigadas a fazer parcerias (Joint Ventures) com estatais chinesas lá na China.
O que aconteceu? Os chineses aprenderam. Absorveram a tecnologia como uma esponja.
Corta para 2024: A BYD e a GWM estão invadindo o mundo (e o Brasil) com carros elétricos que dão um banho de tecnologia e preço nas marcas tradicionais. O aluno superou o mestre.
No petróleo, o roteiro parece ser o mesmo. Hoje eles pagam para ver a Petrobras fazer. Amanhã? Amanhã eles podem estar operando seus próprios campos no nosso litoral, sem precisar de ninguém segurando a mão deles. É um prenúncio claro de independência tecnológica.

Para não dizer que a China está comprando o Brasil inteiro sem vender nada, houve um movimento contrário interessante. A SinoChem, outra estatal deles, tinha 40% do campo de Peregrino. Em setembro do ano passado, venderam tudo.
Quem comprou? A brasileira Prio, por quase 2 bilhões de dólares. Foi um golaço da Prio. Isso mostra que o jogo é dinâmico. Os chineses não estão aqui para “fazer volume” a qualquer custo. Se o negócio não se encaixa na estratégia de longo prazo ou se a oferta é boa, eles vendem. Eles são pragmáticos até a medula.
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A pergunta que fica martelando na cabeça é: até onde isso vai?
A tendência é de alta. O Brasil continua leiloando blocos do Pré-Sal, e o apetite chinês não dá sinais de saciedade. Com a transição energética global acontecendo, o petróleo vai ficar mais escasso e disputado nas próximas décadas. Quem tiver a fonte, tem o poder.
A China sabe que, para continuar sendo a fábrica do mundo, precisa garantir que as máquinas não parem. E o Brasil, com sua política de portas abertas e necessidade de investimentos estrangeiros, é o parceiro ideal.
É uma relação de simbiose? Sim. O Brasil precisa do dinheiro para explorar (porque furar poço no mar custa uma fortuna) e a China precisa do óleo. Mas é impossível não sentir um frio na espinha ao ver uma potência estrangeira controlando fatias tão estratégicas do nosso subsolo.

No fim das contas, o petróleo ainda é nosso… mas 6% dele (e contando) já tem dono antes mesmo de sair do chão. É como se você tivesse uma macieira no quintal, mas seu vizinho tivesse comprado o direito de colher as melhores maçãs dos galhos mais altos.
A estratégia chinesa é brilhante, paciente e implacável. Eles não fazem alarde. Não soltam fogos de artifício quando compram uma participação. Eles simplesmente assinam o cheque, mandam os engenheiros e garantem o futuro da nação deles.
E nós? Nós seguimos vendendo, exportando e, claro, comemorando os superávits na balança comercial, muitas vezes sem pensar muito no que isso significa para a nossa soberania daqui a 20 ou 30 anos.
O Dragão já está nadando nas nossas águas. Resta saber se vamos aprender a nadar com ele ou se vamos acabar apenas servindo o jantar.
E você, o que acha? É um bom negócio para o Brasil ter a China como sócia no Pré-Sal ou estamos entregando o ouro (negro) a preço de banana? A discussão está aberta, mas uma coisa é certa: o mandarim já é a segunda língua oficial das plataformas de petróleo do Atlântico Sul.
Veja nosso video completo no YouTube: https://youtu.be/MtDPIQzw2ro/
Se você se perdeu nas siglas, aqui vai um resumo rápido para você pagar de inteligente na mesa do bar:
Fique de olho. O jogo do petróleo é o jogo do poder mundial. E o tabuleiro está mudando bem debaixo do nosso nariz. Ou melhor, dos nossos pés.